quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Houve, Há, Haverá

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade
Dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é

Já não sei bem o que penso da vida, já não sei bem qual é o meu objetivo. Por suposto, não é a felicidade plena, como um fim. Já entendi que não se chega a ela jamais.
Ouvi dizer que o objetivo da vida é a própria vida, que não se chega  a lugar algum, que o "fim" que buscamos é o próprio caminho. Mas no fim do caminho, o que haverá? Quando se chega em fim à beira do precipício, e tudo que se pode fazer é cair, o que haverá além de nossos pés? Ganharemos asas?
Busco acreditar, mas temo jamais saber com certeza.
Sei de minha limitações, físicas e espirituais, hoje mais que nunca. Sinto, pulsante em mim, minha pequenez, sei cada vez mais que sei cada vez menos, e que tenho os meus medos no meu encalço, sempre à espreita.
E por fim a morte. Será possível, Poetinha, recebê-la como uma velha amante, como a mais nova namorada? Você conseguiu, enfim?
Espero comunicação de além túmulo.

De sua leitora cheia de admiração e saudade de quem jamais conheceu...
etc, etc, etc.

http://www.youtube.com/watch?v=s1_byQDZRM0
Poeta, Poetinha vagabundo
Quem dera todo mundo fosse assim feito você
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer, a vida é pra levar
Vinicius, velho, saravá!


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