lutei tanto
quis tanto
proteger
aquecer
a que ser
vir
ia?
a que serviria?
a quem?
pra quê?
tudo que herdei de você
me fez
mais fria
vazia
sozinha
esse amor
congelador
não preencheu sua solidão.
nem a minha.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Desaparecer
Parem o mundo, que eu quero descer!
Revoguem as leis de Newton, contestem a relatividade de Einstein
Façam o tempo retroceder
Digam aos preceitos da medicina que o coração não mais pode bater
Neste acelerado compasso
Na mente suspira um imenso cansaço
Digam aos construtores do mundo
Que os braços querem pender
Balançar com o vento, soltos e livres
Dançar
Digam aos ponteiros do relógio que não quero padecer
Da doença do tempo
Não quero viver no esquadrinhamento das horas
Digam ao Sistema que sem a poesia prefiro morrer
E se o rio que move o moinho do mundo
Irá atropelar e afogar o meu tempo de florescer
De plantar e de colher
Irá proibir todo o prazer
E se esse rio irá esmagar
Comprimir meu peito contra as rochas
Desgastar todas as minhas partes para me moldar ao que devo ser
Digam ao rio que prefiro esquecer
Prefiro cair no profundo, escuro e morno esquecimento
Como num torpor que pouco a pouco chega para consumir
Tudo o que um dia eu sonhei ser
E se tudo for simples e somente um imenso devir
Digam a Heráclito que já não encontro o que me tire
Essa devastadora vontade de sumir.
Revoguem as leis de Newton, contestem a relatividade de Einstein
Façam o tempo retroceder
Digam aos preceitos da medicina que o coração não mais pode bater
Neste acelerado compasso
Na mente suspira um imenso cansaço
Digam aos construtores do mundo
Que os braços querem pender
Balançar com o vento, soltos e livres
Dançar
Digam aos ponteiros do relógio que não quero padecer
Da doença do tempo
Não quero viver no esquadrinhamento das horas
Digam ao Sistema que sem a poesia prefiro morrer
E se o rio que move o moinho do mundo
Irá atropelar e afogar o meu tempo de florescer
De plantar e de colher
Irá proibir todo o prazer
E se esse rio irá esmagar
Comprimir meu peito contra as rochas
Desgastar todas as minhas partes para me moldar ao que devo ser
Digam ao rio que prefiro esquecer
Prefiro cair no profundo, escuro e morno esquecimento
Como num torpor que pouco a pouco chega para consumir
Tudo o que um dia eu sonhei ser
E se tudo for simples e somente um imenso devir
Digam a Heráclito que já não encontro o que me tire
Essa devastadora vontade de sumir.
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