terça-feira, 19 de março de 2013

There is a better world, well, there must be

São tempos estranhos estes. Essa noite sonhei que eu era um guerrilheiro chamado Fidel que morreu baleado ás 5:15 da manhã. Me vi morrer com essa riqueza de detalhes.
Estou lendo mais uma vez "As vantagens de ser invisível" e tentando encontrar aquela menina de 13 anos que pela primeira vez se apaixonou por um Charlie que se sentia tão sozinho quanto ela.
Tenho ouvido "Asleep" o tempo todo, e entendo melhor que nunca o pedido desesperado: "sing me to sleep".
É triste constatar que eu só passei de solidões a solidões cada vez mais profundas. Que de cada amor herdei somente o cinismo, como previu Cartola.
Eu ando por aí, eu observo as pessoas que caminham apressadas sob a chuva fina, e já não há saudade, e já não há ansiedade, e já não há muita coisa para querer nem para temer. Ando por dentro das sombras da noite me sentindo parte delas.
Eu gostaria de poder deixar palavras que não doessem tanto. Eu gostaria que existisse uma máquina como a de "Brilho eterno de uma mente sem lembranças".
Tudo isso é ridículo. E é pior ainda porque é impossível.


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