Durante a revolução houve sim participação popular, mas em momento algum essa classe liderou a revolução como havia sido teoricamente proposto, e, de fato, isso jamais poderia acontecer, uma vez que a classe operária simplesmente não tinha e ainda hoje não tem um nível de escolaridade suficiente para entender os pormenores da idéia revolucionária, bem como sua força e direitos.
O sistema é muito bem pensado para que seja assim: só quem compreende os absurdos da desigualdade social é quem não se interessa pela mudança do sistema. E assim, de forma articulosa, quem detém o poder, materializado na forma que for: terras, dinheiro, título de nobreza e (por que não?) conhecimento, permanece sempre no poder: muda-se o nome, jamais a cara.
Enquanto as revoluções forem feitas pela minoria intelectual privilegiada (ou seja, eu e vocês, meus caros), a tendência é que aconteça como na Rússia, o povo acabe liderado por um grupo que dirá representar o interesse comum mas, na prática, será somente parte de mais uma elite corrompida pelo poder.
Olha, eu já tive minha época de maior fé na humanidade. Mas acredito que muitos séculos ainda tersão de vir até que exista um governo que seja realmente democrático.
ResponderExcluirBeijo, moça.
o negócio é que o socialismo é utópico por si só. ele pressupõe honestidade na humanindade, o que não existe. aí aparece um stalin da vida e já era.
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