quarta-feira, 2 de março de 2011

Da corrupção.

Enquanto estudava Revolução Russa, algo ficou muito claro na minha cabeça: a idéia do socialismo era inviável tal como foi pensada porque Marx considerou possível o que na minha opinião não é: a mobilização política da classe operária.
Durante a revolução houve sim participação popular, mas em momento algum essa classe liderou a revolução como havia sido teoricamente proposto, e, de fato, isso jamais poderia acontecer, uma vez que a classe operária simplesmente não tinha e ainda hoje não tem um nível de escolaridade suficiente para entender os pormenores da idéia revolucionária, bem como sua força e direitos.
O sistema é muito bem pensado para que seja assim: só quem compreende os absurdos da desigualdade social é quem não se interessa pela mudança do sistema. E assim, de forma articulosa, quem detém o poder, materializado na forma que for: terras, dinheiro, título de nobreza e (por que não?) conhecimento, permanece sempre no poder: muda-se o nome, jamais a cara.
Enquanto as revoluções forem feitas pela minoria intelectual privilegiada (ou seja, eu e vocês, meus caros), a tendência é que aconteça como na Rússia, o povo acabe liderado por um grupo que dirá representar o interesse comum mas, na prática, será somente parte de mais uma elite corrompida pelo poder.

2 comentários:

  1. Olha, eu já tive minha época de maior fé na humanidade. Mas acredito que muitos séculos ainda tersão de vir até que exista um governo que seja realmente democrático.

    Beijo, moça.

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  2. o negócio é que o socialismo é utópico por si só. ele pressupõe honestidade na humanindade, o que não existe. aí aparece um stalin da vida e já era.

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